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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

AQUI-Ó JAZZ JAM SESSION


TONINHO HORTA e CONVIDADOS

     Belo Horizonte sempre foi uma cidade representativa no cenário do jazz e da musica instrumental  no Brasil.  Nos anos 50, o baixista Paulo Horta, irmão de Toninho criou o Jazz Fã Clube. A partir das audições noturnas, o grupo desenvolveu o gosto pelo jazz, ouvindo as bigs bands americanas, cantores e instrumen-tistas, desde o “Be-Bop” criado pelos negros. A geração de músicos ao lado de Paulo Horta era composta por músicos Luizinho Carneiro, Delê, Valtinho, Chiquito Braga,  Aécio Flavio, Jairinho, Pascoal Meirelles, Hélvius Vilela, Ildeu Lino Soares e tantos outros.
     Estes instrumentistas sustentavam suas famílias tocando na noite de BH e no interior, fazendo bailes, horas dançantes, e até carnavais. Mas pelo menos uma vez por ano, eles se reuniam e promoviam festivais de jazz e bossa nova no Instituto de Educação, na Secretaria de Saúde e Assistência (hoje Minascentro) e no Fran-cisco Nunes, principal teatro da época. 
     Entre mostras e concursos, os festivais tinham como padrinhos, músicos e bandas vindas do eixo Rio - São Paulo, como Zimbo Trio, Tamba Trio, o saxofonista Vitor Assis Brasil e o pianista Guilherme Vaz. Orquestras mineiras foram criadas para estes eventos como a do Maestro Figo Seco, e do Maestro Peruzzi.
     Uma nova geração de instrumentistas viriam se juntar a eles: Wagner Tiso, Paulo Braga,  Nivaldo Ornelas e Milton Nascimento. Este encontro se deu na boate “Berimbau” do Edifício Maleta, centro de Belo Horizonte, reduto da boa musica e do jazz no final dos anos 60 - pré Clube da Esquina.
     Outros grandes nomes dessa geração eram: Hugo Luiz, Maestro Torres, Maestro José Guimarães, Getúlio,  Dino, Plínio, Washington, Pedro Mateus e Luizinho da Guitarra. A maioria desses músicos foram uma  grande  referência para o guitarrista mineiro Toninho Horta, que hoje tem carreira sólida no exterior. 
     Nas últimas décadas, desde os Festivais de Inverno de Ouro Preto há 30 anos, foram desenvolvidas inú-meras iniciativas para a divulgação da música de qualidade. Surgiram instrumentistas que ao mesmo  tempo são compositores e que desenvolvem suas carreiras gravando discos e se apresentando ao vivo.  São eles: Marcus Vianna, Túlio Mourão, Gilvan de Oliveira, Geraldo Vianna, Cleber Alves,  Juarez Moreira, Yuri Popoff, Chico Amaral, Celso Moreira, Beto Lopes e outros. 
  Hoje Minas Gerais é o estado onde mais se promove os  festivais de jazz no Brasil.  Vale a pena lembrar que o  I Seminário Brasileiro da Musica Instrumental, idealizado e organizado  por Toninho Horta e UFOP na cidade de Ouro Preto foi  marco na história da musica instrumental  em julho de 1986. Várias trabalhos  foram desenvolvidos a partir do intercâmbio e estudos práticos  e teóricos de musica, entre profissionais e estudantes de todo território brasileiro.
     A cidade de Belo Horizonte recebe todo mês artistas de fora, mas também  promove as pratas da casa.
     Para Toninho, “a prata” é “ouro”. O seu grande desejo atual é de dar um  suporte maior  aos  mantenedores desta corrente musical singular e de inspiração infinita, que é o jazz de qualidade que se faz em Belo Horizonte. 
     Toninho Horta é hoje o guitarrista brasileiro com mais atividade no cenário do jazz internacional,  com participações em festivais,  teatros e clubs, e ministrando workshops em escolas de musica e conservatórios. 
Por esta sua representatividade musical e cultural, além de sua intensa luta com a música de  qualidade e as futuras gerações de instrumentistas, com certeza este projeto dará um grande avanço na consolidação da música instrumental e do jazz que se faz em Belo Horizonte para o mundo. 

Produção:
Terra dos Pássaros 
31-3463-6374